terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

NADA A DECLARAR, OU... OPS!

Eu me pergunto quantas pessoas sou, ou melhor, quantas pessoas eu posso ser. Pessoas esquesitas me julgam por calma e com um rosto angelical. É verdade, eu sei sorrir, eu sei brincar, sei amar, mas sei explodir, berrar e sei até mentir. Não faz parte do meu jogo enrolar, mas eu amo misturar as cartas e depois sozinha no meu quarto tentar desvendar pra saber como posso ganhar, eu nunca crio muita expectativa no que estou fazendo pra não correr o risco de me magoar e assim eu vou conseguindo ganhar até Deus deixar, e se Ele não deixar, eu uso meu lado calmo e espero outra oportunidade de ganhar.
Viver, viver, viver, escutar, escutar, escutar, pensar, pensar e pensar! Jogar, arriscar, raciocinar, observar. Pra que servem as palavras? Pra magoar! O que há de mais belo está no olhar, ou no brilho que o rosto deixa o sorriso radiar. Mas hoje eu estou aqui porque resolvi falar de mim, e isso é complicado, principalmente quando eu quero rimar, será que dá pra rimar até a “criatividade” acabar? As vezes dá vontade desistir, mas eu prefiro continuar, se eu amo reggae e um pouco rock roll eu posso amar brincar de tentar. Rapaz, sei que sou uma jovem adolescente e quero passar no vestibular, a questão é que eu estudo só por estudar e não pra passar em vestibular, minhas amigas me perguntam como consigo pensar assim e não me preocupar, mas eu sei lá, deixo levar, eu sei que pra matemática não vou passar, acha mesmo que quero coisas exatas? Eu quero analisar e me complicar, ler e rir ou chorar, sei lá, quero me envolver, e me atrapalhar, dá pra entender?
Eu organizo tudo dentro de mim, ou não, porque se a música no Rolling Stones parar, os meus dedos param de digitar! Mas a verdade é que eu não posso escolher nem a quem posso amar, porque nessas horas a minha pele é que vai falar e meu olho arriscar pra que lado olhar e onde encontrar, isso é, será que eu já tenho idade pra amar? Acho que idade é um detalhe pra complicar, o que vale é bagagem e as bobagens que já fez passar, então se lembrar de cada erro, e o mais importante, se errar, já dá pra amar. Porque viver sem errar não dá, amar sem errar, errar sem amar! É verdade, eu acho hipocrisia falar sobre mim, mas se eu não sei nada sobre mim, não é tanta hipocrisia assim...

(Carina Palhano)

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